Metroviários decretam Estado de Greve em protesto contra privatização”

Metroviários e rodoviários unidos contra a privatização do metrô do Recife, decidem pelo estado de greve, com categoria mobilizada

A preocupação com o usuário e a busca por melhores condições do metrô do Recife foram os principais temas discutidos na assembleia realizada pelos metroviários de Pernambuco. Durante o encontro realizado na noite desta quinta-feira (25), a categoria decidiu aderir ao estado de greve a partir desta quinta. A decisão foi tomada após votação da categoria. Atendendo a uma solicitação do senador Humberto Costa, devido ao recesso parlamentar, que em agosto será articulado uma série de reuniões em Brasília, com o secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos, Marcus Cavalcanti, e com o Ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, sobre a retirada da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) do Programa Nacional de Desestatização (PND); bem como a assinatura do Acordo Coletivo Especial (ACE).

Reunidos na Praça da Greve, em frente à Estação Central, os trabalhadores expressaram claramente sua insatisfação com o silêncio do Governo Federal sobre a retirada da CBTU do PND, mas decidiram pelo prazo de até o dia 22 de Agosto para definir a não privatização e assinatura do ACE.

Segundo Luiz Soares, presidente do Sindmetro-PE, houve um encaminhamento positivo e precisa ser concretizado. “O prazo está dado para o Governo Federal, caso não aconteça, vamos parar o sistema por tempo indeterminado e contaremos com o apoio dos rodoviários, pois nossa luta é conjunta”, disse.

Frente aos diversos transtornos enfrentados pelo metrô do Recife, como constantes paralisações e problemas operacionais, os metroviários optaram por uma ação mais enérgica para assegurar a prestação de serviços com qualidade e segurança tanto para a população, quanto para os funcionários, que estão expostos a riscos de acidentes fatais. Incidentes como pane na rede elétrica, estações em mau estado de conservação e trens quebrados, que forçam os passageiros a descerem no meio dos trilhos, não são casos isolados.

ACORDO COLETIVO ESPECIAL

“Referente ao ACE, fui informado pela equipe da PPI, que o documento do Acordo Coletivo Especial será devolvido à SEST e não caberá outra coisa da direção da CBTU/CONAD, a não ser a assinatura definitiva da ACE”, declarou Luiz Soares.

ACORDO COLETIVO DE TRABALHO 2024/2025

Foi aprovada uma assembleia para o dia 30 de julho, onde a categoria receberá informes dos avanços nas tratativas com a CBTU, e votará a aprovação ou não da proposta apresentada, se não contemplar as reivindicações dos metroviários.

Adicionalmente, a categoria reafirma seu compromisso com uma tarifa social de R$2,00 para beneficiar a população e luta para que o sistema volte a funcionar com excelência, garantindo o direito de ir e vir dos usuários que tanto dependem deste serviço.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *