EDUARDO CARVALHO: O SER-HUMANO E A SUA ABSURDA IN-EXISTÊNCIA

 Dos sentimentos, somente o Vazio é capaz de definir Ser-Humano. Sendo-Vazio-Absoluto-Implacável-Intransponível-Irremediável-Insolúvel, “Como viver sob o impacto de uma dor permanente”? – in, Seixas, Tomás, e/ou Bebé Seixas.
 
        Se-É-Vazio por Obra e Graça da Existência-Inexplicável- Injustificável, cuja Essência Indecifrável, porque órfã de Início e Fim, do Início ao Fim, é o buraco que arrodeia o Nada que nos Há-bita. Mas, Há. E, Sendo-Assim, da perplexidade irrevogável, não em face do acontecido, porque dele não temos memória, mas do instante do Diante do Acontecer, imediatamente transubstanciando-se na vã tentativa de Se-de-finir para então apropriar-a-Si o Existir, impõe-Si o Ser-Humano à necessidade de preencher o Oco deste abismo sem ecos, sem destino, autofagicamente alargado e escavado pela onipresença de uma Solidão Infinita. Então, construímos ideias, significados, conceitos, temendo a concretude dialética do Nada no Antes, Nada no Por Vir: Nada-Aqui.


        Mas, Há. Há o Vazio. É como se vivêssemos detrás da porta, caregando um balde, para banhar de azul o Desconhecido invisível, que chegará no Instante. E fazer vingar o Inaudito da Sombra Interior que vem junto à pré-existência para animar a Indesmentida Presença. O Estranhamento é o Estar-Vindo no Vazio este tal Impulso que expulsa a Inércia e a Ignorância de Ser, meneando o véu de Maya. 

        “Melhor SERIA não ter nascido”. Talvez, “SERIA”. Mas, conforme dito em tempos idos aos salões iluministas da casa de Odete: “Agora… já foi”!. E… de-repente nos percebemos dentro de um Ser-Quê-ainda desconhece Ser-Humano. Mas Há. E todos sabemos que os Palestinos não são os culpados deste Nada aninhado nas bocas dos canos das armas Que se pensam escolhidas… Para-Quê? 

        “Se Eu fosse Deus, a vida bem que melhorava. Se Eu fosse Deus, daria aos que não têm …Nada” – in, Gudin, Eduardo.

Eduardo Romero Marques de Carvalho – advogado

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